Constituição é o grande consenso para superar dificuldades

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Mais do que apontar os problemas do País, mais do que apontar as dificuldades que tantos sentem, mais do que identificar-se com essas dificuldades e com aqueles que as sentem na pele, a candidatura de João Ferreira aponta um caminho de superação dessas dificuldades e vê esse caminho no grande consenso que é a Lei fundamental do País, a visão de um País que está por cumprir e que está nas nossas mãos tornar realidade.

Esta ideia foi salientada pelo candidato ao fim da tarde de quinta-feira, dia 21, no auditório da União das Freguesias de Merelim (S. Paio), Panóias e Parada de Tibães.

Respostas, soluções e união

O mandatário da candidatura no concelho de Braga, Carlos Almeida (Litos), que dirigiu a sessão, começou por realçar que respostas e soluções para uma vida melhor é aquilo que se espera ouvir dos candidatos nestas eleições.

Lembrou que os muitos jovens que habitam no concelho e trabalham com vínculos precários ficaram numa situação ainda mais difícil, porque o actual presidente promulgou alterações à legislação laboral a alargar o período experimental. Recordou ainda que, durante os dez anos em que o Hospital de Braga foi gerido em parceria público-privada, os cuidados de saúde da população estiveram sempre em segundo plano, depois do lucro do grupo privado, o que sucedeu também com a conivência do actual PR.

Para Carmindo Soares, presidente da Junta da União das Freguesias de Merelim (S. Paio), Panóias e Parada de Tibães, eleito na lista da CDU, neste estranho tempo que vivemos, há quem tente dividir a sociedade para, em ambiente de conflito, retirar direitos e aumentar as desigualdades. Mas João Ferreira é a voz que nos une, no sonho de todos, sem excepção, sermos tratados com dignidade.

José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, assinalou que um país não se faz apenas com a lógica de discursos de circunstância, faz-se com a profundidade da fala que advém dos interesses populares profundos e que lhes devolve a capacidade de resolver problemas.

A mandatária nacional da candidatura, Heloísa Apolónia, sublinhou que, apesar das circunstâncias muito diferentes em que estas eleições decorrem, João Ferreira tem-lhes dado, na sua campanha, elas não têm sido menosprezadas.

Destacou ainda a qualidade e a dignidade enorme que o candidato tem emprestado a esta campanha eleitoral, enquanto outras candidaturas têm mostrado exactamente o contrário.

A 24 de Janeiro, frisou a mandatária, estarão criadas todas as condições sanitárias para que as pessoas possam exercer o seu direito de voto, e devem ter presente que o voto da segurança e o voto seguro é em João Ferreira.


A Constituição e a prática política


Ao contrário do que alguns vêm dizer, não estão na Constituição os problemas do País, afirmou João Ferreira, contrapondo que os problemas estão no facto de a Constituição não ser cumprida, estão no confronto que existe há demasiados anos entre uma Constituição, que é das mais progressistas da Europa, e uma prática política que se foi afastando dos seus princípios fundamentais, não só no que toca a direitos, mas no que toca também a um programa de desenvolvimento do País.

Quem fez a Constituição foi sábio, percebeu que não bastava mandar direitos para o papel, era preciso cuidar dos caminhos de desenvolvimento do País que dessem conteúdo concreto a esses direitos. Mas onde estão essas orientações hoje, nas políticas correntes do País – questionou João Ferreira.

O candidato assegurou que, no próximo domingo, aqueles que nos derem o seu voto darão um passo no sentido da esperança, um passo numa luta que há-de continuar, e darão esse primeiro passo com a certeza de que, nesse momento, estão a reforçar uma candidatura que não vai desaparecer na segunda-feira, estará lá para todos os combates, em defesa da Constituição, em defesa do direito ao trabalho com direitos, em defesa do direito à saúde, à educação, à cultura, à habitação, a um ambiente ecologicamente equilibrado, do direito ao desenvolvimento soberano do País, ao aproveitamento dos nossos recursos e potencialidades.

Juntos e com mais força, podemos encetar um outro caminho na vida deste País e transformar em realidade o projecto que nasceu de Abril, concluiu João Ferreira.